quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Otite Canina - como identificar

Hoje acordamos com Leona, grunindo muito e balançando a cabeça; logo identificamos que se tratava de alguma coisa no ouvido. Imediatamente foi examinada pela Veterinária (Dra. Zilah Braga), que diagnosticou otite. Depois de medicada, está dormindo e descansando da longa noite de dor.
Depois disso, resolvi que o nosso assunto hoje (apesar de já haver postado algo sobre o assunto), seria Otite Canina.

Investiguemos pois, a anatomia do ouvido porque para identificar onde está a inflamaçao, precisamos saber onde esta se localiza.  Leona vai melhorar com certeza, mas quantos cães andam por aí sofrendo e sem ajuda...

"O ouvido pode ser dividido em ouvido externo, médio e  interno, interligados entre si.
- A parte do ouvido externo compreende - o pavilhão auricular, meato acústico, externo também chamado de canal auditivo externo e a membrana timpânica, que separa o ouvido externo do médio.
- O ouvido médio é a câmara onde situam-se os três ossículos, martelo, estribo e bigorna e que servem como meio de ligação com o ouvido interno. Nessa câmara existe um canal de ligação do ouvido médio com o faringe, denominado Trompa de Eustáquio.
- Ouvido interno é a parte mais especializada e portanto também mais delicada e importante de todo o ouvido, onde existem os chamados Canais Semicirculares, a Cóclea e o Nervo Vestíbulo-coclear, este último ligando todo o conjunto diretamente ao cérebro.


Dependendo da parte atingida, a otite sera mais, ou menos grave, por isso recebe as seguintes denominações: Otites - externa, média e interna (esta última a mais grave) porque lá estão os canais semicirculares e a cóclea, que quando são atingidos provocam a Labirintite.
As causas mais comuns de otites são bactérias, fungos, sarnas e corpos estranhos, que podem penetrar tanto através do exterior pelo canal auditivo externo, quanto através da faringe pela Trompa de Eustáquio, em casos de infecçoes bacterianas na garganta.
Como prevenção das otites devemos cuidar da limpeza do canal auditivo externo e das próprias orelhas de nossos cães e gatos e tratar quando os mesmos forem acometidos por doenças na garganta, pois daí também a infecção pode progredir e atingir o ouvido.
Para a limpeza do conduto auditivo devemos usar um chumaço de algodão umedecido com uma solução própria para a limpeza de ouvidos de cães e gatos. Limpamos e removemos a cera existente no conduto auditivo e nas próprias orelhas. Deve-se tomar especial cuidado na limpeza do canal auditivo, a fim de não lesar o tímpano ali localizado, por isso não é recomendado o uso de cotonetes nessa parte mais profunda. A freqüência que essa limpeza deve ser feita dependerá da raça de seu cão. Os cães das raças que tem as orelhas eretas, como o Pastor Alemão, necessitarão limpezas quinzenais. Já os cães de raças que tem as orelhas caídas, como o Cocker Spaniel, a limpeza deve ser feita mais freqüentemente a cada 7 dias.
Os sintomas mais evidentes de uma otite externa e média são o ato do animal coçar com as patas traseiras a região das orelhas, sacudir freqüentemente a cabeça, apresentar secreção purulenta pelo ouvido, o que indica que a infecção já está instalada e latente, e quando o cão mantem a cabeça inclinada para o lado inflamado em caso de otite unilateral.
Os sintomas de otite interna, além dos citados, o animal ainda pode apresentar desequilíbrio, caindo facilmente e andar em círculos, voltado para o lado alterado, ou seja, ipsilateral.
O diagnóstico é baseado no histórico da evolução da doença, nos sintomas clínicos, no exame de otoscopia direta, na citologia microscópica e cultura de secreções do ouvido e também em imagens radiológicos da bula timpânica.
Com base no diagnóstico definitivo é instituído o tratamento. Muitas vezes o simples ato de proceder a limpeza dos ouvidos, quando a otite é apenas externa, é suficiente para sanar o mal. Porém, quando a infecção já atingiu o ouvido médio ou o interno, é necessário realizar um tratamento mais especializado, inclusive com administração de antibióticos e mesmo nebulizações da garganta com medicação apropriada. Nesse caso, a recomendação, é nos procurar para indicar-mos a melhor terapêutica.
Uma coceira freqüente nos ouvidos e inquietação do animal pode ser indicativo de uma otite já instalada. Procure-nos o mais breve possível para dar início ao tratamento do seu animalzinho e eliminar seu desconforto."

(Artigo do http://www.center.vet.br/otites.html)



 

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